terça-feira, abril 19, 2022

Lançamento do livro Diário de um Albanês de Rodrigo Poeta

*Na foto: Rodrigo Poeta autografando seu romance
Diário de um Albanês no Charitas em Cabo Frio/RJ.


*No dia 16 de abril no Charitas em Cabo Frio/RJ aconteceu o lançamento do sexto livro do escritor cabo-friense Rodrigo Poeta. Diário de um Albanês é o seu primeiro romance. O escritor foi acompanhado pela sua amada Fabiana Batista e sua mãe Lídia Maria. O evento teve a presença dos acadêmicos Teresa Nogueira, Rosana Andreia, Rose Fernandes, Paulo Orlando, Mauro Leal e Lindberg Albulquerque Brito da Academia Cabo-friense de Letras, Tatiana Machado da Academia Araruamense de Letras, Cris Dakinis (acadêmica correspondente) e José Luiz da Academia Cabista Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, do músico Miguel Barbosa de São Pedro da Aldeia/RJ, do poeta Davi Souza de Araruama/RJ, do artista plástico Átila Jorge e do editor César Matos da Foco Letras. O evento também contou com a ilustre presença de Sylvia Maria Ribeiro jornalista, professora, escritora , palestrante e acadêmica da Academia Cabo-friense de Letras. O evento teve cobertura do site Papo Reto.

*O escritor Rodrigo Poeta com sua mãe Lidia Maria 
e sua amada Fabiana Batista (Estrela Morena).


Lindberg Alburque Brito atual Presidente 
da Academia Cabo-friense de Letras 
e o  acadêmico e escritor Rodrigo Poeta.

O artista plástico Atila Jorge um dos ilustradores 
do livro Diário de um Albanês de Rodrigo Poeta.

O poeta Davi Souza e Rodrigo Poeta.



A ilustre acadêmica ao lado do seu amigo Rodrigo Poeta,
que palestraram na noite sobre o tema Intolerância baseado no livro
Diário de um Albanês.


*O músico Miguel Barbosa fazendo 
uma abençoada e brilhante apresentação.

segunda-feira, janeiro 10, 2022

Entrevista com o artista plástico Joel Cocenza por Rodrigo Poeta


*Nome: Joel Cocenza.
*Nome artístico: Joel Cocenza & Cosenza.
*Data de nascimento: 25/02/1948.
*Cidade de origem: Ponta Grossa/PR.
*Cidade atual: Rio de Janeiro/RJ.
*Profissão: Artista plástico e escultor.

1-Como nasceu seu envolvimento com as artes?

Em 2017 começou a fazer Orgonites, depois esculturas e pinturas.

2-Quais são suas influências artísticas para escultura concreta Quais?

Inspiração. maneja vários mestres.

3-Como é o seu processo de trabalho em suas pinturas em tela?

Eu começo a pintar, quando vejo a tela está pronta, pronta.

4-Além das esculturas e telas há outra influência artística? Explique.

Tenho influências artísticas, tenho estilos e núcleos.




5-Qual sua ótica em relação às artes plásticas no Brasil?

A artes plásticas no Brasil precisa mais de apoio aos novos artistas.

6-Existem novas referências artísticas no mercado brasileiro? Quais são?

Eu diria que tudo está muito parado em função a COVID-19.

7-Conte um pouco de suas experiências e encontros com artistas de diversas áreas em seu tempo de jornalistas?

Como jornalista teve acesso a vários lugares e acontecimentos. Conheci artistas plásticos e músicos.

8-Existe algum projeto a ser feito de forma itinerante? Explique.

Eu sou cigano, gosto de viajar. Quero preparar um ônibus e sair pelas estradas e cidades vendendo o meu trabalho.

9-Uma referência literária? Explique.

José do Patrocínio. Não precisa dizer mais nada.

10-Deixe uma mensagem para os nossos leitores.

Se você quer conseguir algo com seu trabalho. Tenha fé, perseverança e regularidade.

Entrevista com o escritor Antônio Torres da Academia Brasileira de Letras por Rodrigo Poeta

 



1 – O que despertou você para a Literatura?

    - Foi um caso de amor à primeira leitura, na escola da minha infância, na qual todo dia era dia de recital de poesia de Olavo Bilac (“Criança, não verás país nenhum como este”...), Castro Alves (“Auriverde”) pendão da minha terra/ que a brisa do Brasil beija e balança Não...), Gonçalves Dias, Casimiro de Abreu (“Ai que saudade que eu tenho/ da aurora da minha vida”...), este pode levar à pergunta: como os meninos viriam a ter saudade da aurora de uma vida na qual ainda estavam? Mas não. O encanto que tais leituras traziam superava qualquer estranhamento. Nesse contexto, que seria um rabiscar os meus textos, que guardava o colchão da cama em que iria passar, com medo da vergonha, um adulto menor.

2 – Como nasceu o seu primeiro livro, “Um cão uivando para a Lua”?

    - Ao visitar um amigo que estava internado num hospital, e sendo tratado com eletrochoques, senti um forte abalo emocional, provocado não só pelo que estava passando, mas por todo o ambiente ao seu redor. Ao voltar para o aparelho, pus no aparelho, um disco do trona de Davis lancinam, cãozinhos canção chamado para um cãozinho chamado para tocar uma terna “My funny Valentine trazer à memória a Lua. Foi aí que me surgiu a ideia de escrever a história de um doido a bater papo consigo mesmo o tempo todo. Oito meses depois eu tinha um romance nas mãos, que veio a causar um grande impacto na crítica e no público, lá se vão quase 50 anos. Tudo que me aconteceu depois foi uma consequência imediata, nas palavras de Aguinaldo Silva, na primeira resenha publicada sobre “Um cão uivando para a Lua”.

3 – No livro “Meu Querido Canibal”, como foi feita a pesquisa sobre o grande Cunhambebe?

     - Aos retalhos: uma linha aqui, outra ali. Como Cunhambe dominava, a sua epopeia a escrita ficou aos verbetes dos brancos. Para contar a história dele tive de fazer um grande de reportagem, ao mesmo tempo em que dava asas à imaginação, pois, como não dispunha de elementos para escrever uma biografia, naveguei pelas águas ilimitadas do romance.

4 – De Sátiro Dias, cidade do interior baiano, para imortal da Academia Brasileira de Letras. Descreva o seu passado, presente e futuro de sua vivência.

      - O levou a experiências que ainda me noutrem no presente, este tempo em suspenso em que uma pandemia sobreviverá, entre uma pandemia, e um futuro pandemônio, e qual futuro sobreviverá, para chegar ao futuro e boas histórias a serem bem contadas.

5 – Qual dos seus romances você mais se identifica?

   - O que acaba de ser publicado, “Querida Cidade”. Estou todo, tanto na pele e na alma do seu protagonista, quanto de muitos dos personagens secundários, embora não se trate de um romance autobiográfico, e sim de uma narrativa com espaço total para a fabulação e a busca da corrente invisível rítmica do texto, o que, afinal, faz parte integral das minhas obsessões.

6- Qual sua análise sobre a Literatura no Brasil atualmente?

- Pelos muitos livros e livros excelentes que chegaram, deduzo que a nossa vai muito bem. Assim por alto, ao correr das teclas, cito os romances “esta terra nada vai sobrar, a não ser o vento que sopra sobre ela”, de Ignácio de Loyola Brandão; “Um dia chegarei a Sagres”, de Nélida Piñon; “As meninas do coronel”, de Aramis Ribeiro Costa – um extraordinário romancista baiano ainda a ser descoberto no Sudeste -; “Terra fortaleza; de Eltânia André uma bela mineira no ponto para ser lida Brasil afora e afora incluo no mesmo caso o premiado Maurício Melo Júnior, de Pernambuco, de quem está lendo “Não me empurre para os perdidos”, seu 24º. livro, e segundo romance. Por fim, mas não por último, Itamar Vieira Júnior que, com “Torto arado”, se tornou o fenômeno da temporada. No conto, destaco “Todos os desertos: e depois?”, do sempre bom mineiro Ronaldo Cagiano. Fecho a lista com “A Terra em Pandemia”, poema narrativo longo de Aleilton Fonseca, que é também romancista (“Nhô Guimarães” e “O pêndulo de Euclides”), além de contista e cronista. Há mais e mais na minha bancada aqui ao lado, para todos os gostos literários. Viva o escritor brasileiro.

7 – Como prosador, já se aventurou na escrita poética?

   - Sim, no começo, quando era o menino queria ser Castro Alves. Ao chegar a adolescência, um professor me disse: “Acho que você vai se melhor na prosa do que na poesia”. Os meus títulos divulgados até agora que ele estava certo. Mas meu fascínio pela poesia continua o mesmo de quando a descobri na escola da minha infância rural.

8 – Conta um pouco sobre o seu novo livro “Querida Cidade”.

    - “Querida Cidade” surgiu de um sonho, belamente refletido em sua capa pelo gráfico do artista Leonardo Iaccarino. É o meu 12º. romance, e levou 12 anos para chegar ao ponto final. Acaba de ser publicado pela editora Record e já está em todas as livrarias e também pode ser encontrado na Amazon, que entrega em casa. Foi escrito tendo por mote uma música “Dolores Sierra”, quando diz que quem nasce na roça tem sempre a ilusão de viver na cidade. E resulta numa história cheia de histórias brasileiras. Já há quem diga que é o meu melhor romance. Tomara que seja mesmo.

9 – Deixe uma mensagem para nossos leitores e amantes da boa literatura.

     - No país que deu Machado de Assis, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector etc., só podemos ter fé e orgulho na nossa literatura. No mais, é como dizia o poeta português Alexandre O'Neill, meu amigo de toda a vida:

                                     “Folha de terra ou papel,

                                       Tudo é viver, escrever”.


*Entrevista também publicada no site Crônicas Cariocas no link abaixo:

https://cronicascariocas.com/cultura/entrevistas/entrevista-com-o-escritor-antonio-torres-da-academia-brasileira-de-letras-por-rodrigo-poeta/

 

 


segunda-feira, abril 01, 2019

RODRIGO POETA TOMA POSSE NA ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DE CABO FRIO

*Rodrigo Poeta toma posse na ALACAF.



*No dia 20 de março na Semana Teixeira e Sousa no Charitas em Cabo Frio/RJ, o escritor Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta) tomou posse como Membro Fundador da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio/RJ, entidade que tem como Presidente, a escritora e professora Jaqueline Brum. O Patrono da cadeira 35 é o escritor e seu tataravô Virgílio Aurélio Gomes, que foi escolhido por Rodrigo Poeta. Na ocasião aconteceu uma brilhante palestra da pesquisadora e professora Rose Fernandes sobre Teixeira e Sousa, que é Patrono da ALACAF. 

*Na foto: Rodrigo Poeta e a pesquisadora Rose Fernandes.

*Na foto: Acadêmicos da ALACAF e Rodrigo Poeta.

*Na foto: Jaqueline Brum (Presidente da ALACAF),
Rodrigo Poeta e seu amigo, o escritor Israel Albuquerque.

*Na foto: Rodrigo Poeta e sua musa Fabiana Batista.

segunda-feira, novembro 19, 2018

Entrevista com a poeta árabe-israelita Dareen Tatour ‎por Rodrigo Poeta





Segue a abaixo uma entrevista inédita para o Brasil feita por Rodrigo Poeta com a poeta árabe-israelita Dareen Tatour em português e inglês:



Estou muito feliz por fazer esta entrevista. E com amor.


1-A poesia transforma pessoas?

Sim, na minha opinião, os poemas mudam o homem e afetam seus sentimentos e pensamentos. O poema dá às pessoas espaço para pensar sobre mudança ou esperança de mudança. A escrita de poemas é a única maneira pacífica de resistir a todas as manifestações de injustiça e ocupação e contribuir para a mudança. É o espaço que une as pessoas para transmitir sofrimento e defender o fim da injustiça.

2-Quais são os autores que influenciam você?

Fadwa Toukan, Nazek Al Malaika, Mahmoud Darwish, Jabran Khalil Gibran, Paulo Coelho, Ghassan Kanafani e Kafka.

3-Já publicou algum livro?

Sim, publiquei um livro de poesia em 2010 com o título de “A Recente Invasão”. Eu escrevi na prisão dois outros livros e os publicarei em breve.

4-Quais são os temas de seus poemas?

Escrevo sobre tudo que sinto. Sobre a terra natal, sobre mulheres, sobre crianças e infância, sobre amor, sobre política, sobre dor, sobre ocupação. Tudo o que sinto e vivo se torna assunto de um poema.

5-Como está o seu processo de produção poética?

A produção poética é uma reprodução dos sentimentos humanos no papel e transferida para o outro. É um documento de uma condição humana para sempre. E documentar sentimentos através dos cabelos dos seres humanos novamente, mesmo após a morte.

6-Em 2019 será homenageado no XII Concurso POESIARTE de Poesia no âmbito internacional. Como você se sente sendo homenageado no Brasil pelo escritor Rodrigo Poeta neste concurso literário?

Eu sou muito mais feliz quando qualquer poeta ou escritor é honrado no mundo, porque a poesia merece isso. Era um hábito homenagear o poeta após sua morte, mas estou feliz que o poeta hoje tenha se honrado ao escrever. Porque o poeta pode escrever uma nova história da humanidade.




I am very happy to do this interview. And with love.

1-Does poetry transform people? 

Yes, in my opinion, the poems change man and affect his feelings and thoughts. The poem gives people room to think about change or hope for change. The writing of poems is the only peaceful way to resist all manifestations of injustice and occupation and contribute to change. It is the space that binds peoples together to convey suffering and to advocate an end to injustice.

2-What are the authors that influence you?

Fadwa Toukan, Nazek Al-Malaika, Mahmoud Darwish, Jabran Khalil Gibran , Paolo Coelho, Ghassan Kanafani, Kafka.

3-Have you published any books yet?

Yes I published a poetry book in 2010 and its name was the recent invasion. I have written in prison two other books and I will publish them soon.

4-What are the themes of your poems? 

Write about everything I feel. About the homeland, about women, about children and childhood, about love, about politics, about pain, about occupation. Everything I feel and live becomes a subject for a poem.

5-How is your process of poetic production? 

Poetic production is a reproduction of human feelings on paper and transferred to the other. Is a document of a human condition forever. And documenting feelings through the hairs of human beings again even after death.

6-In 2019 will be honored in the XII Poetry Poetry Competition in international scope. How do you feel being honored in Brazil by writer Rodrigo Poeta in this literary contest?

I am much happier when any poet or writer is honored in the world because poetry deserves this. It was a habit to honor the poet after his death but I am happy that the poet today became honored as he writes. Because the poet can write a new history of humanity.



terça-feira, setembro 04, 2018

CINZAS DA OBSCURIDADE POR RODRIGO POETA

*Foto: O Dia.

Cinzas da Obscuridade

         Mais uma vez o descaso com o patrimônio cultural no Brasil vira cinzas. Anos atrás foi o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, que teve sua memória queimada, agora foi à vez do Museu Nacional no Rio de Janeiro a queimar nas chamas do abandono político a virar cinzas da obscuridade.
        Este é o legado de décadas de uma política corrupta a destruir a nossa cultura ao patamar mais sepulcral de todos os tempos.
       Não pode esquecer-se de como foi
à luta para permanecer de pé o Museu do Índio no Rio de Janeiro. A cada ano a cultura perde e os néscios afloram as mazelas construídas pela corrupção política do país.
        Casarios antigos, museus em todo o país, pesquisadores, cientistas estão a cada dia sofrendo nesta rota anticultura em pleno século XXI.
         Mesmo assim, ainda resistem os bravos da memória brasileira como os grandes da Semana de Arte Moderna de 1922, que iniciaram a luta pela verdadeira identidade nacional, pois entre as cinzas das horas nascem os sonhadores em prol da cultura brasileira.

Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)
Escritor cabo-friense

quinta-feira, agosto 16, 2018

A INTOLERÂNCIA TEM MEDO DA POESIA! POR RODRIGO POETA



A INTOLERÂNCIA TEM MEDO DA POESIA!




             No dia 8 de agosto a intolerância a liberdade poética levou a poetisa árabe-israelita Dareen Tatour a cumprir cinco meses de reclusão. Tudo por causa de seus versos contra uma guerra sem fim, uma guerra que resiste pelo ódio e pela perseguição ao povo palestino. Onde granadas e balas das forças de Israel enfrentam pedras e versos palestinos numa corrente da poesia Palestina de Combate a ilustrar os confrontos da dor.
        “Resiste, meu povo, resiste” este é o verso de Darren, que luta contra a perseguição da sua cultura e história de seu povo. Em forma de poesia escreveu sua indignação contra sua prisão. Segue um trecho do poema traduzido por mim na versão em inglês traduzida pelo poeta Tariq al Hayadar:


“Eu escrevi sobre a injustiça atual,
Desejos em tinta,
Um poema que eu escrevi ...
A acusação usou meu corpo,
Dos dedos dos pés até o topo da minha cabeça,
Porque eu sou poeta na prisão
Uma poetisa na terra da arte.
Sou acusada de palavras,
Minha caneta o instrumento.
Tinta - sangue do coração – testemunha...”


         A intolerância tem medo da poesia, pois ela manipula as pessoas ao mal, pois a paz aos homens do poder não existe, por causa da ganância ilustrada pelas armas, por uma guerra sem fim patrocinada pelo ego, onde a democracia é camuflada até aos versos de quem escrever o horror sem lógica, vividos por ambas partes, com as bênçãos do Capitalismo.
     Quem lucra com esta guerra sem fim? Quem ganha por essa cultura do ódio? 
     Infelizmente não são os inocentes, as pessoas que comungam a paz em ambas as partes no território tão aclamado como santuário de Deus.
       Apesar de tudo, a poesia resiste em pleno século XXI num combate feito de versos a enfrentar a corruptela humana. 


Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)
Escritor brasileiro


Segue abaixo a tradução do poema de Dareen Tatour em português que a levou a prisão:







Resista meu povo! Resista!


(traduzido e revisado para o português por Rodrigo Poeta na versão em inglês traduzida pelo poeta Tariq al Haydar)



Na minha Jerusalém, vesti minhas feridas
E respirei minhas tristezas para Deus,
Que carregou a alma na minha palma da mão
Para uma Palestina Árabe.


Eu não vou sucumbir à "solução pacífica"
Desde que o veneno se espalhou,
Matando flores da minha casa.


Nunca abaixei minhas bandeiras,
Até que eu os expulses da minha terra.
Eu gostaria que eles se ajoelhassem por um tempo.
Resista meu povo! Resista!


Resista ao roubo do colono.
Destruir a constituição é vergonha,
Que impõe a degradação e humilhação
E nos impede de restaurar a justiça.


Resista meu povo! Resista!
Siga a caravana dos mártires!
Eles queimaram crianças sem culpa,
Quanto a Hadil, eles a denunciaram em público.
Matou-a em plena luz do dia.
Quanto a Maomé, eles arrancaram os olhos,
Crucificaram ele, na dor de desenhada
Em um corpo.


Eles derramaram ódio em Ali!
Começaram os incêndios,
Esperanças queimadas no berço.
Resista ao ataque do colonialista.
Não ligue para seus agentes entre nós,
Que nos acorrentam com a ilusão pacífica.


Não tenha medo do Merkava!
A verdade em seu coração é mais forte,
Enquanto você resistir em uma terra!


Isso tem vivido incansavelmente através de invasões.
Então Ali chamou de seu túmulo:
Resista, meu povo rebelde.
Escreve-me como prosa no agarwood;
Meus restos têm você como resposta.


Resista meu povo! Resista!


    No dia 12 de agosto realizei com os meus alunos do sétimo ano do fundamental uma oficina de poesia em homenagem a poetisa Dareen Tatour com o tema: “Resista meu povo! Resista!” dentro da realidade brasileira e mundial e que será tema em 2019 no XIII CONCURSO POESIARTE em homenagem a poetisa Dareen Tatour com apoio do Portal Árabe.


Segue abaixo alguns poemas e trechos escritos:


Resistam! Precisamos resistir!
Não importa a tristeza,
O importante é sorrir!

(Isabela Schneider)


Você precisa resistir agora,
Mesmo que esteja difícil.
Sei que é forte o suficiente
E que vai conseguir superar.


Tudo que está complicado
Vai ter um fim
No qual você não imagina.
Tudo irá se ajeitar conforme o tempo.
Apenas resista,
Seja forte.
Resista,
Você é capaz disso.

(Maria Eduarda Bezerra)


Meu povo! Vamos resistir!
Sei que há muitas injustiças,
Mas temos que resistir.

(Ana Karoliny)


Ó meu amado povo
Não desista, resiste!
Resiste meu povo,
Aguente a dor da guerra!
Resiste, meu povo, resiste!


(Caíque Ferreira)



*Publicado também no Portal Árabe através do grande amigo e irmão de poesia Anthony Rasib. Segue o link abaixo:

sábado, agosto 11, 2018

NAZARETH DA CRUZ GOMES: A PRIMEIRA POETISA DA REGIÃO DOS LAGOS

NAZARETH DA CRUZ GOMES
(1877-1950)


      O Simbolismo surgiu na França no final do século XIX em oposição ao realismo e ao naturalismo. Resgatou a subjetividade romântica através da sensação e da musicalidade. O francês Charles Baudelaire com o livro Flores do Mal, deu origem ao Simbolismo. 
No Brasil o movimento simbolista se tornou notório com os poetas Cruz e Sousa (1861-1898) de Florianópolis/SC e com Alphonsus de Guimaraens (1870-1921) de Ouro Preto/MG. Outros poetas também seguiram as tendências do movimento. 
         Nazareth da Cruz Gomes renasce na Literatura a figurar ao lado de outras poetisas simbolistas do século XIX como: Auta de Souza (1876-1901) de Macaíba/RN, Narcisa Amália (1852-1924) de São João da Barra/RJ, Francisca Júlia (1871-1920) de Eldorado Paulista/SP e Gilka Machado (1893-1980) do Rio de Janeiro/RJ.
       Em 2013 aproximadamente cinco anos atrás minha tia avó Nazareth Carvalho me enviou o poema O Coração da minha trisavó Nazareth da Cruz Gomes compilado pelas mãos de minha bisavó Noêmia, um poema escrito no século XIX. No ano de 2015, chega a mim uma cópia do original do seu poema O Coração escrito no século XIX, graças às pesquisas genealógicas feitas pelo meu primo Carlos Delano Carvalho. No ano de 2016 recitei o poema e comecei a fazer análises poéticas nele e descobri os traços simbolistas em seus versos. Já em 2017 apresentei o nome de Nazareth da Cruz Gomes como a única poetisa da Região dos Lagos em eventos das cidades de Cabo Frio/RJ, Iguaba Grande/RJ e Itaperuna/RJ. No mesmo ano chega a mim uma cópia do livro de Virgílio Aurélio Gomes, pai de Nazareth da Cruz Gomes. No livro além de textos em prosa e verso de Virgílio, encontrei outro poema de Nazareth. 
         Nazareth da Cruz Gomes foi homenageada no XII CONCURSO POESIARTE de POESIA de 2018 em âmbito internacional com o tema: O Coração, concurso de autoria de Rodrigo Poeta. Um marco a redescoberta tanto da poetisa Nazareth da Cruz Gomes como do seu pai o escritor Virgílio Aurélio Gomes. Nazareth da Cruz Gomes até o momento dentro das pesquisas feitas é a única poetisa da Região dos Lagos no século XIX do Estado do Rio de Janeiro a escrever poesia no estilo simbolista.
       Nazareth da Cruz Gomes nasceu em 30 de maio de 1877 na cidade de Saquarema/RJ filha do cronista e poeta Virgílio Aurélio Gomes de Villa Capivary (atual cidade de Silva Jardim) e de Maria Carolina da Cruz Gomes de Cabo Frio/RJ. Foi poetisa de estilo simbolista, pianista e professora. Teve cinco irmãos sendo eles: Aurora, Augusta, Adelaide, Manuel e Linho, ambos de Barra de São João/RJ. Foi batizada em 15 de agosto de 1878 na cidade de Araruama/RJ na Paróquia de São Sebastião, tendo como padrinhos Manuel Marinho Leão e Augusta (Manazinha).


*Na foto: Nazareth e Secundino.



         Casou em 5 de outubro de 1895 com   o lavrador Secundino Teixeira Pinto de São Paulo/SP, que residia em Laje do Muriaé/RJ, filho de Sebastião Pinto Monteiro e Maria Candida. Nazareth passa a usar o sobrenome Pinto. Seu esposo veio a falecer em 1941 em Laje do Muriaé/RJ. Nazareth da Cruz Gomes veio a falecer em 19 de novembro de 1950 na cidade do Rio de Janeiro/RJ e seu sepultamento foi realizado no Cemitério de Inhaúma. Ela teve 14 filhos. São três homens: Décio, Manoel e Sebastião. Onze mulheres: Adelaide, Clélia, Dulce, Diná, Guiomar, Irene, Izabel, Maria (Mariquinha), Maria José, Noêmia e Zélia.


*Nazareth da Cruz Pinto e Secundino Teixeira Pinto, 
família e alunos.


*Foto de Nazareth da Cruz Gomes já no século XX.



Segue abaixo os poemas de Nazareth da Cruz Gomes:



*Imagem do original referente ao poema O Coração escrito em 1894 por Nazareth da Cruz Gomes.



O CORAÇÃO


Põe minha amiga, põe teu peito
tua serena mão.
Ouves?Há dentro dele um carpinteiro
que trabalha de noite e o dia inteiro
pregando o meu caixão.


Vamos! Trabalha mestre! Sim trabalha
a obra sem cessar!
Não deixes a tarefa em abandono!
Vamos! Trabalha mestre eu tenho sono
e quero descansar!


Nazareth da Cruz Gomes
18 de janeiro de 1894

            No poema O Coração, possui duas estrofes de cinco versos (duas quintilhas), o eu lírico utiliza sinestesias na primeira estrofe como nos versos: “Põe minha amiga, põe teu peito/tua serena mão.” (sinestesia de sentido tátil) e “Ouves? Há dentro dele um carpinteiro...” (sinestesia de sentido auditivo). O eu lírico utiliza a subjetividade através de divagações entre uma conversa com a morte, onde o carpinteiro é o coração que trabalha o dia inteiro sem descansar, mesmo sabendo que um dia vai parar. No poema há uma linguagem vaga e fluída, que preza pela sugestão como no trecho do terceiro verso da primeira quintilha no vocábulo “Ouves?”. 
              O Coração além de título do poema é uma metáfora que subjetivamente compara o órgão da vida com o trabalho de um carpinteiro. O descanso é símbolo transcendental representado pela palavra “sono”, que determina a dor de existir.
             O ritmo do poema é traçado entre assonâncias, aliterações e rimas que afloram no segundo verso de cada quintilha. Assonância relacionada à vogal “a” nos vocábulos da segunda quintilha no primeiro e segundo versos: “trabalha a obra sem cessar!” Aliteração no primeiro verso da primeira quintilha das consoantes “p” e “t”: “Põe minha amiga, põe teu peito...”
           A rima é feita na seguinte forma: o segundo verso rima com o quinto e o terceiro verso com o quarto. Como segue:



1ª estrofe da quintilha:

Põe minha amiga, põe teu peito

tua serena mão. (segundo verso)
Ouves?Há dentro dele um carpinteiro (terceiro verso)
que trabalha de noite e o dia inteiro (quarto verso)
pregando o meu caixão. (quinto verso)


2ª estrofe da quintilha:

Vamos! Trabalha mestre! Sim trabalha

a obra sem cessar! (segundo verso)
Não deixes a tarefa em abandono! (terceiro verso)
Vamos! Trabalha mestre eu tenho sono (quarto verso)
e quero descansar! (quinto verso)



*Ensaio feito pelo acadêmico Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)