quarta-feira, dezembro 30, 2009

HOMENAGEM PARA JOANYR DE OLIVEIRA


1933 - 2009

A poesiarte apresenta: Joanyr de Oliveira. Natural de Aimorés-MG. Nascido em 6 de dezembro de 1933. Bacharel em Direito, jornalista, escritor, poeta, cronista e também antologista. Pioneiro na arte literária no Distrito Federal. Morreu no dia 5 de dezembro de 2009 em Brasília-DF.
*Homenageado pelo poeta Selmo Vasconcellos de Porto Velho-RO, com o título de Grande Benemérito da Academia Momento Lítero Cultural pela sua contribuíção no jornal Alto da Madeira de Porto Velho-RO em 16 de setembro de 1995 com a Cadeira 17.





- Vejamos algumas poesias de sua autoria:

Haicai

Sempre a olhar os céus,
errei. Bem mais errarei
contemplando a terra.

O poeta não veio para responder
(Para Fernando Mendes Vianna)

O poeta não veio para responder.
Nem para fazer: a água, o prado,
o pranto, o sonho, o susto, o grito,
o muro, a crença, a lança, o mundo...
O que existe já moldou sua própria fisionomia.
O que pulsa já mediu seus rumos,
sua intensidade real.
O que paira já estabeleceu sua correta cronologia.

O poeta não veio para responder,
senão para a tessitura das dúvidas e incógnitas.
Para a antevéspera, para a eternidade sem aplauso,
para o anverso da matéria, das normas, das teorias.
A exatidão jamais se casou
com a alma da poesia.
Nos meios-tons, reside a verdade perfeita.
No indivisível, tudo está sem turbação alguma.
No irrevelado, pontifica o coração do mistério.

Se quereis saber, indagai aos magos,
aos iluminados em seus montes e transfigurações,
aos espíritos salpicados de estrelas,
aos físicos, às dialéticas, à meteorologia, às aves,
à lucidez das loucuras.
Indagai a vós mesmos.

O poeta não veio para responder:
palavras deslizam em sua boca,
conceitos se ampliam mas, lívidos, desfalecem.

Os liames com o cosmo diluem-se num átimo
ante o verbo e a eloquência.
Os tribunos (sim) estão para os transbordamentos.
Os pregadores, em seus santos delírios,
se espargem nas alturas.
(Colhei nos dilúvios de suas bocas.)

O poeta se oculta (e se revela)
no cernes dos entes e das coisas.
Seu domicílio é o inefável, o inviolado silêncio.
(Seus lábios pertencem aos deuses).

(Joanyr de Oliveira)

*Mais sobre esse grande poeta no Jornal de Poesia segue o link:
http://www.revista.agulha.nom.br/1joanyr.html

domingo, dezembro 27, 2009

DESTAQUE POESIARTE DE DEZEMBRO


A poesiarte apresenta: Tereza C. Werson.

*Natural do Estado de Alagoas.

*Nascida em 11 de setembro de 1935.
*Poeta.
*Representa a cidade
de São Paulo-SP.
*Foi a poeta destaque do mês de dezembro da COMUNIDADE POESIARTE.


- Vejamos uma poesia de sua autoria:





Rua da solidão

Eu amava aquela terra
onde as ruas eram livres
onde eu podia correr.
Dei um nome a esta rua
rua da solidão
números das ilusões.

Lá as noites eram lindas!
luar, estrelas, solidão
céu azul quase veludo
os vaga-lumes piscando
com inveja das estrelas
brilhavam pra se mostrar.

Noites enluaradas
a árvore fazia sombra
tudo ficava tão lindo!
e eu não parava de sonhar
ali eu plantei mil sonhos
e mil ilusões eu plantei
mas da rua da solidão eu sai
em outra terra fui viver
e as ilusões, e os sonhos,
não chegaram a florescer.

(Tereza C. Werson)

segunda-feira, dezembro 21, 2009

POESIARTE EM FOCO DE LUIZ SILVA (CUTI)



A poesiarte apresenta: Luiz Silva conhecido no meio literário por Cuti. Natural de Ourinhos-SP. Nasceu em 31 de outubro de 1951. Formado em Letras pela USP. É professor, poeta, ficcionista, dramaturgo e ensaísta. Mestre em Letras pela UNICAMP.

- Vejamos uma poesia de sua autoria que faz parte do seu livro "Negroesia":



Roda de Poemas

macumbamente poetas

quebramos a cerca
de arame farpado de receios
entre nós

atabaque no compasso

a palavra no corpo
gesticula no espaço

depois do chocalho

defumar a sala
com axé reencontro

ponto vem

ponto vai
e a roda se constela
de ginga nas costelas
e poema na voz.

(Luiz Cuti)

sexta-feira, dezembro 11, 2009

POESIARTE EM FOCO DE CAROLINA VECCHI



A poesiarte apresenta: Carolina Vecchi. Aluna da 6ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual Aspino Rocha de Cabo Frio-RJ.


-Vejamos uma poesia de sua autoria:


*Litoral de Armação dos Búzios-RJ.


Mar que dança

Mar doce mar,
Calmo a descansar,
Será sempre o meu lar.
Mar doce mar,
Nunca pare de dançar,
Com esse movimento me faz "viajar".

Dançante, viajante...
Lindo, deslumbrante.
Mar, sempre a brilhar...
Mar, sempre a dançar...

Com ondas balança,
Sempre naquela dança...
Calmo ou bravo
Sempre a dançar.

Numa dança de esperança,
Pra sempre balança
E nunca se cansa
O Mar de esperança.

(Carolina Vecchi - turma: 701)


*Carolina Vecchi é aluna do poeta e professor Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta).

quarta-feira, dezembro 09, 2009

HOMENAGEM PARA O POETA DO POVO


A poesiarte apresenta: João Bastista do Vale mais conhecido como João do Vale. Natural de Pedreiras-MA. Nascido em 11 de outubro de 1934. Morreu em 6 de dezembro de 1996 em São Luís-MA. Cantor e compositor. Sua principal composição é "Carcará" em parceria com João Cândido e imortalizado na voz de Maria Bethânia.

- Vejamos uma música composta pelo poeta do povo:



Carcará

Carcará
Pega, mata e come
Carcará
Não vai morre de fome
Carcará
Mais coragem do que home
Carcará
Pega, mata e come
Carcará

Lá no setão
É um bicho
Que avoa que nem avião
É um pássaro malvado
Tem o bico volteado
Que nem gavião
Carcará
Quando vê roça queimada
Sai voando, cantando
Carcará
Vai fazer sua caçada
Carcará
Come inté cobra queimada
Quando chega o tempo
Da invernada
No sertão
Não tem mais roça queimada
Carcará
Mesmo assim num passa fome
Os borrego que nasce
Na baixada

Carcará(...)

É malvado, é valentão
É a águia de lá
Do meu sertão
Os borrego novinho
Num pode anda
Ele puxa no bico
Inté mata

Carcará(...)


*Site da Fundação João do Vale: www.fundacaojoaodovale.com.br/

- Vejamos um vídeo, onde o cantor, poeta e compositor canta "Caracará" ao lado de Chico Buarque de Holanda:



quinta-feira, dezembro 03, 2009

ENTREVISTA COM FLÁVIO OTÁVIO



A poesiarte apresenta: Flávio Otávio Ferreira de Bela Vista-MG.

*Vejamos a entrevista feita por Rodrigo Octavio Pereira de Andrade. (Rodrigo Poeta):

1-Como você começou a gostar de poesia?
Escrevo desde a adolescência e desde então gosto do estilo literário. Comecei a apreciar poesia ao conhecer “Drummond”.

2-Quem incentivou você?
Tenho como grandes incentivadores os meus irmãos e ainda a maior parte de meus amigos.

3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?
Gosto do estilo de Drummond seu jeito de homem do interior enfrentando as multidões com temáticas bem bucólicas e que ao mesmo tempo refletem sobre o homem e o estar no mundo. Não me comparo a ele, mas prefiro escrever desta forma.

4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual o modo em que você faz a poesia?
Escrevo sobre meu cotidiano, reflito sobre a vida, a morte, o estar no mundo.

5-O que representa ser poeta para você?
Para dizer a verdade, não me vejo poeta. Simplesmente escrevo o que me remete meu pensamento. Apesar de não me ver assim, e refletir muito sobre o fato de ser ou não ser poeta, vejo que o fato de eu escrever tem me dado visão melhor do mundo e das pessoas. Acredito que o que é valido nisso tudo é a troca que a poesia nos proporciona tanto como leitor e/ou como escritor. Sempre nos dá a sensação de realização, de completude.

6-O que representa a poesia para você?
Como disse anteriormente, a poesia nos dá a sensação de completude, apesar de por muitas vezes, arrancar pedaços de nosso intimo e revelar ao mundo de leitores.

7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agrada mais você?
Existem tantos, mas vale destacar: Drummond, Vinicius de Moraes, Castro Alves, João Cabral(...); Maiakovisk, , Baudelaire, Rimbaud...

8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?
Nunca participei de recitais.

9-Qual a sua visão sobre a cultura principalmente no campo da literatura?
Vejo muita coisa boa por aí, bons trabalhos que poderiam ter mais espaço, mas infelizmente não têm reconhecimento. Infelizmente o mercado literário está muito ligado ao que é comercial o que é vendável, ou seja, poesia não se encaixa nesse mercado. O que leva a muitos poetas a publicarem de forma independente, vendendo seus exemplares para amigos, para conhecidos e até mesmo para pessoas que conhecem pela internet.

10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em que foi publicado?
Sim. Publiquei os livros “Cata ventos – o destino de uma poesia” pelo selo KroartEditores da Litteris Editora do Rio de Janeiro em 2005 e "Itinerário Fragmentado" de 2009.



11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?
Não fiz nenhum projeto a não ser os livros. Participo de alguns blogs literários, revistas virtuais. Participei das bienais de São Paulo e Rio de Janeiro, em 2004 e 2005, respectivamente, mas nada direcionado somente à poesia.

12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?
Tenho afeição a várias poesias. Exemplo as que estão em meu primeiro livro como: “Insanidade, despudor e desatinos”. “Profecia”. E, ainda, “Insônia”, “Um homem Fragmentado”, ambas do segundo livro.

quarta-feira, dezembro 02, 2009

DESTAQUE POESIARTE DE NOVEMBRO



A poesiarte apresenta: Lena Ferreira.

*Natural do Rio de Janeiro-RJ.

*Nascida em 8 de julho de 1968.
*Professora e poeta.
*Representa a cidade
do Rio de Janeiro-RJ.
*Membro dos POETAS DEL MUNDO entidade do Chile.

*Foi a poeta destaque do mês de novembro da COMUNIDADE POESIARTE.



Vejamos uma poesia de su
a autoria:

SONS DA PRIMAVERA

Bailam, rodopiam pétalas e cores
Na marcha sonora que invade o ar
E saltitantes, percorrer as alamedas
Vazias de gente, somente o inverno

Preenchem os espaços tantos do vento
Colorem os jardins, lançam sementes
Salpicam cada estrela da noite escurecida
E aquecem o peito que ao longe repousa

Pousam; cores e pétalas e sementes
Preparam o solo nosso; esperança
De que outro dia renasça mais florido
A primavera anunciada chegue, enfim...

(Lena Ferreira)

sábado, novembro 28, 2009

POESIARTE EM FOCO DE ALICE PIRES



A poesiarte apresenta: Alice Pires C. Lança . Aluna da 5 ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual Aspino Rocha de Cabo Frio-RJ.


-Vejamos uma poesia de sua autoria:


Apagão

Uma cidade toda escura
Como se fosse a criação.
Um problema na usina elétrica
E ocorreu o apagão.

Já não era a primeira vez...
Tem dia que falta, tem dia que não,
Mas quando é logo de noite,
Fica todo mundo assustadão...

Às 10:00 da noite
Num dia de terça-feira,
Vai ficar registrado no diário,
O dia da gritaria.

Todo mundo curioso,
Mas é melhor descansar,
Porque amanhã de manhã,
Isso vai dar o que falar...

(Alice Pires C. Lança - 5ª série - turma: 602)


*Alice Pires C. Lança é aluna do poeta e professor Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta).

sexta-feira, novembro 20, 2009

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA





Zumbi do Século XXI
Seu travesseiro é um par de chinelos.
Sua cama é o chão frio.
Sua casa é o relento.
Sua família é a solidão
E a dor por dentro.
Seu quilombo é o mundo.
Sua força é o acordar...

É o sobreviver
No frio...
Na dor que entorpece o coração
Do jovem cidadão do mundo...

O frio...
A dor...
O apagão e a sua cor...
Assim vai Zumbi
Encarnado na criança
Pelas ruas em pleno Século XXI.

(Rodrigo Poeta – 20/11/09)


*Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta).
- Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.
- Cônsul dos Poetas del Mundo da cidade de Cabo Frio-RJ (entidade do Chile).
- Conselheiro de Assuntos Sociais e Cultural Afro Brasileiro pela FTABH de São Paulo-SP(Faculdade de Teologia Afro Brasileira e Holística Livre).

terça-feira, novembro 10, 2009

ENTREVISTA COM MANOEL VIRGÍLIO


A poesiarte apresenta: Manoel Virgílio Pimentel Côrtes.

*Nome: Manoel Virgílio Pimentel Côrtes.
*Data de nascimento: 03/12/1939.
*Cidade de origem: Rio de Janeiro-RJ.
*Cidade que representa: Rio de Janeiro-RJ.
*Entidades em que pertence: Poetas Del Mundo & Confraria de Poetas Virtuais.
*E-mail: mvirgiliopc@gmail.com
*Link: http://manoelvirgilio.spaces.live.com



*Rodrigo Poeta e Manoel Virgílio.

- Vejamos a entrevista feita por Rodrigo Octavio Pereira de Andrade. (Rodrigo Poeta):

1-Como você começou a gostar de poesia?
R.: Lendo "Os Lusíadas" de Camões, em aulas de português.

2-Quem incentivou você?
R.: Ninguém.

3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?
R.: Sonetos.

4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual o modo em que você faz a poesia?
R.: Clássico. Escrevo sonetos decassílabos, em geral com tônicas nas 2
ª, 4ª e 10ª sílabas.

5-O que representa ser poeta para você?
R.: Satisfação em praticar uma arte.


6-O que representa a poesia para você?
R.: Uma forma de me manter ativo e expressar minhas ideias e ideais.

7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agrada mais você?
R.: Olavo Bilac e Camões.

8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?
R.: De saraus, vários como o do "Polem", no Rio de Janeiro na praia do Leme e o "Poesia, Simplesmente" no Teatro Gláucio Gil em Copacabana.

9-Qual a sua visão sobre a cultura, principalmente no campo da literatura?
R.: Está sofrendo grandes mudanças impulsionadas pela informática e internet.

10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em que foi publicado?
R.: Sim. "Mulher Estelar" em 2005 e "Tratos de amor e outros tratos" em 2008.

11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?
R.: Sete Pecados Capitais por 100 poetas e Mandala - Sete Elementos. 1000 sonetos da Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores.

12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?
R.: "Canto Triste" o meu mais antigo soneto.

13-Como você analisa essa explosão de "poetas" no orkut?
R.: É derivada da própria explosão da informática e da popularização do micro.

14-Todos que estão na rede são poetas?
R.: Não. Na realidade, poucos são realmente poetas, mas escrevem o que, de qualquer forma é muito bom. Mas poeta tem um "algo mais" que torna o seu texto, poesia.

15-Como você avalia as antologias?
R.: São úteis na medida em que dão oportunidade a talentos desconhecidos.


-Vejamos uma poesia de sua autoria:

“Ego Sum Qui Sum”

Eu sou quem sou e nada mais eu sou.
Um nada, apenas ínfima parcela
De quanto a eternidade já gerou,
Um grão que ante o tempo se esfacela.

Eu sou quem já viveu, mas não morreu,
Que vive sua espera p’ra morrer.
Que em sua vida pouco sucedeu.
Porém que, ainda, espera acontecer.

Alguém que quer ser alguém, não é ninguém
Que luta essa batalha tão constante
De tantos que esperam por um instante.

De tantos que sempre buscam ir além,
Que são, mas que não sabem o que é ser
Que vivem, mas não sabem o que é viver.

(Manoel Virgílio)

sábado, novembro 07, 2009

ENTREVISTA COM JIDDU SALDANHA



A poesiarte apresenta: Jiddu Saldanha. Poeta, mímico e ser multicultural! Nascido em Curitiba-PR. Morador de Cabo Frio-RJ. Um artista que representa o mundo!

- Vejamos a entrevista feita por Rodrigo Octavio Pereira de Andrade. (Rodrigo Poeta):

1-Como você começou a gostar de poesia?

Não tem precisamente um tempo, mas lembro que meu pai recitava poemas e eu ficava ali, paradão, ouvindo-o, o tempo todo. Quando fui para a escola, queria aprender a escrever por que achava que a língua só servia para a poesia...

2-Quem incentivou você?

Meu pai...

3-Que tipo de poesia você mais gosta e prefere fazer?

Eu gosto do verso livre em qualquer estilo, mas o que eu realmente aprecio é a poesia curta, enxuta e também o estilo Haicai, que é uma poesia oriental.


4-Qual o seu estilo de fazer poesia, ou seja, qual o modo em que você faz a poesia?

Não dá pra especificar, meus poemas são muito livres mas atualmente eu tenho gostado muito de fazer haicais!

5-O que representa ser poeta para você?

Nada demais, uma pessoa comum apenas com um gosto pela arte de escrever versos...

6-O que representa a poesia para você?

Uma forma de ler e entender o mundo.

7-Quais os grandes ícones da poesia brasileira e mundial, que agrada mais você?

Gosto de Pablo Neruda, Mano Melo, Murilo Mendes, Drummond, João Cabral, Ciro Trindade, Adélia Prado, Cecília Meireles e os haicaistas japoneses como Bashô, Issa e também os haicaístas brasileiros como Masuda Goga, Alice Ruiz e tenho um carinho muito especial pela poesia de Paulo Leminski e Mário Quintana...

8-Você já participou de recitais de poesia? Se participou cite alguns de grande importância?

Fórum de Poesia da UFRJ, Congresso Brasileiro de Poesia, Panorama da Palavra, Poetas do Café...

9-Qual a sua visão sobre a cultura principalmente no campo da literatura?

Não tenho uma visão específica, apenas valorizo a leitura e acho que se aprende muito com nossa literatura.

10-Você já publicou algum livro? Se já, cite o nome dele e o ano em que foi publicado?

Participei de várias antologias por este Brasil a fora e publiquei um livro de Haicai em parceria com o poeta do Amapá, Herbert Emanuel, o nome do livro é “Do Crepúsculo ao Outro Dia”.

11-Você já fez algum projeto ou participou de algum em referência a poesia?

Tive um sarau chamado Poesia na Quarta-Capa que foi planejado para durar 4 anos. No espaço Cultural da Constituição, no Rio de Janeiro, foi um sucesso! Começamos em 2000 e fomos até 2004.

12-Qual a poesia sua em que você mais possui afeição?

Não dá pra dizer, eu acho que sou um mal poeta, talvez um dia me apaixone por meus poemas, por enquanto só dá pra ir escrevendo!

domingo, outubro 25, 2009

POESIARTE EM FOCO DE FELIPE ROGERS

A poesiarte apresenta: Felipe Rogers Oliveira da Silva. Aluno da 5 ª série do Ensino Fundamental da Escola Estadual Aspino Rocha de Cabo Frio-RJ.


-Vejamos uma poesia de sua autoria:






Poesia: um jeito de se expressar
Um jeito de se expressar...
Um jeito de amar...
Um jeito de viver
Ou rimar.

Pense em sentimento,
Ele não tem hora,
Não tem tempo.

Um jeito de se expressar,
Que se movimenta pelo ar...
Não dá para acabar...
Não tem aonde chegar.

(Felipe Rogers - 5ª série – turma: 601)


*Felipe Rogers é aluno do poeta e professor Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta).

terça-feira, outubro 13, 2009

ENTREVISTA COM ZEL



A poesiarte apresenta: José Luiz de Souza Silva. Conhecido artisticamente com Zel ou Zel Humor ,devido as suas caricaturas humorísticas. Natural do Rio de Janeiro-RJ.

-Vejamos uma entrevista feita com Zel por Rodrigo Poeta:


*Nome: José Luiz de Souza Silva.

*Nome artístico: Zel ou Zel Humor.

*Natural do Rio de Janeiro-RJ.

*Nascido em 18 de abril de 1967 .

*Cidade que representa artisticamente: Cabo Frio-RJ.

*Profissão: Cartunista.

*E-mails: zelhumor@gmail.com & z.el.souza@hotmail.com

*Blog: www.zelhumor.blogspot.com






1-Como descobriu a caricatura em sua vida?

*Zel: Eu tinha 9 anos e fiz desenho de rosto dos meus pais, daí comecei a fazer desenhos de várias pessoas da minha família e colegas de escola, etc...Nessa época não tinha a característica do humor, foi quando entrei no colegial que passei a fazer desenhos de forma crítica usando as charges, cartum e as caricaturas; que são expressões do humor possuindo caráter individual em sua concepção. Posso dizer que me tornei profissional, quando vim para Cabo Frio, isto é, comecei a receber algum dinheiro, pois é muito difícil ser valorizado com este tipo de arte, mas sou muito persistente.

2-Quais são os grandes caricaturistas nacionais e internacionais que você admira?

*Zel: Ziraldo (cartunista) e os irmãos Caruzo, Paulo e Chico (charge e caricatura). Os internacionais são Frank Miller o pai da Marvel e o mestre Will Eisner do Cartum-Spirit.

3-Qual foi a mais polêmica caricatura que você fez?

*Zel: Na maioria das vezes todas são polêmicas. Mas teve uma que foi muito comentada e virou até trabalho em colégio. Foi a charge que traz um cidadão preso por cordas como se fosse uma marionete em que uma mão o manipulava e esta mão representava o poder. Também teve a caricatura do colunista Soró Luiz do jornal Interpress, que fiz em sua homenagem, em que ele comentou e se emocionou.

4-Você só faz caricatura de cunho político?

*Zel: A caricatura pode ser usada para homenagear uma personalidade, pois somente realça suas características fazendo o exagero a sua marca, mas as charges e o cartum são em geral de cunho político e denota humor mordais e cáustico.

5-Você tem algum projeto em mente para divulgação dessa arte?

*Zel: Sim. Estou pretendendo juntar forças com outros profissionais desta área, para tentar trazer para Cabo Frio e Região um Salão do Humor.

6-Já ganhou algum prêmio com suas caricaturas?

*Zel: Quando era amador em concursos de desenho na época que era do colegial, mas depois de se tornar profissional ainda não, mas já participei de concursos (Salão de Humor), onde a qualidade dos cartunistas eram de primeira, assim adquiri experiência junta a estes artistas. Vou continuar participando. Só o fato de ter um trabalho exposto, isso me traz uma grande satisfação. Vou continuar participando e tentando trazer um prêmio para Cabo Frio.

7-O que é preciso para ser um bom cartunista?

*Zel: Saber observar os detalhes das expressões do rosto da pessoa e o que tiver de mais realce, você exagera. Já a charge deve-se ter conhecimento prévio dos assuntos que estão em evidência trabalhando em cima do fato, pois a charge é uma matéria jornalística desenhada.

8-Em quais veículos de comunicação sua arte já foi publicada?

*Zel: Tive trabalhos publicados em jornais e já participei de programas de televisão (TV por assinatura). Os jornais são: Dois Pontos, Cidade de Cabo Frio, Lagos Jornal, Momento. Os programas são RX da Lagos TV Canal 7 e atualmente estou no programa O Lugar No Pódio da Jovem TV Canal 8.

9-Deixe uma mensagem para posterioridade.

*Zel: Não viva uma vida sem significado, faça algo para mostrar ao mundo, dando sua contribuição, mesmo que a maioria lhe julguem um ninguém.



-Vejamos umas caricaturas de Zel Humor:




*O escritor Paulo Coelho.
*O artista plástico cabo-friense Torres do Cabo.
                 
*O cantor Roberto Carlos.    

domingo, outubro 11, 2009

POESIARTE EM FOCO DE RODRIGO POETA



A poesiarte apresenta: Rodrigo Poeta.

*Nome: Rodrigo Octavio Pereira de Andrade.
*Natural de Cabo Frio-RJ.
*Nascido em 29 de setembro de 1977.
*Poeta, professor, pesquisador e ativista cultural.
*Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e C
iências de Arraial do Cabo-RJ.
*Cônsul de Cabo Frio pelo POETAS DEL MUNDO (entidade com sede no Chile).


- Vejamos uma poesia de sua autoria:




*"Menina com bandolim" -Tela de Pablo Picasso.


Meu Bandolim

Meu Bandolim está largado
Na sarjeta, por mágoa
Da perda de um grande amor.

Um amor choroso,
Que soava em suas cordas
Na Lapa, em Santa Tereza
E nos mais inóspitos lugares
Do subúrbio carioca.

Mas um dia o mágico
Morreu e o Bandolim
Foi esquecido e maltratado na sarjeta;

Na sarjeta perdeu o seu brilho,
As suas cordas e o seu encanto
Pelas ruas...

Meu Bandolim está largado
Na sarjeta, por
mágoa
Da perda de um grande amor.

Como eu posso salvá-lo
Se estou morto e ao céu
Vejo ele tão maltratado e esquecido
Pelos seus irmãos de brio,
E claro de Chorinho.

Na Lapa, em Santa Tereza
E nos mais inóspitos lugares
Do subúrbio carioca, não se fala mais
Do meu Bandolim.

O seu amor era o soar
Das notas mais belas de Carinhoso
Ou de Barracão, músicas que o levava
Ao delírio e a paixão.

Porém um dia o mágico músico
Adoeceu e morreu, deixando
O seu Bandolim na sarjeta,
Sem ao mesmo podê-lo salvá-lo.

Meu Bandolim,
Meu Bandolim,
Foi-se enfim de amor...

(Rodrigo Octavio -10/09/03)

sexta-feira, outubro 02, 2009

DESTAQUE POESIARTE DE SETEMBRO



A poesiarte apresenta: Wallace de Souza Pacheco.

*Natural de Campos dos Goytacazes-RJ.
*Nascido em 07 de março de 1958.
*Poeta, advogado e contabilista .
*Representa a cidade de Rio das Ostras-RJ
.
*Wallace de Souza foi o poeta destaque do mês de setembro da COMUNIDADE POESIARTE.

-Vejamos uma poesia de sua autoria:




*Tela de título "A beira mar" da artista plástica Claúdia Simões.


A Última Aquarela

Tem dias que me sinto assim
Com um nó apertado dentro do peito
Amarrando os meus sentidos
Deixando-me desenxabido
Falando frases sem efeitos

Algo me corrói por dentro
Tirando a beleza dos vocábulos
Me levando a bocejar
Não me inspirando rimar
Querendo me livrar dos óculos

E nada tem significado
Fico buscando respostas
Não quero te estender os braços
O meu coração fica em pedaços
Querendo te virar às costas

A beleza do raio do sol não vejo mais
Não consigo ver nenhuma poesia
Parece que estou sofrendo de amor
Fico me desfazendo em dor
Não vejo beleza no dia

Um filme desbotado passa no meu coração
Com trilha sonora em silêncio
Fico assistindo
E o enredo vai se desenrolando
Com cenas de um tédio imenso

Ah...como eu queria sonhar!
Sonhar com o impossível
Sonhar na busca do infinito
Pra soltar aquele definitivo grito
Por te enxergado o invisível

Então apreciaria a beleza da vida
Pintaria a minha própria tela
Com tintas que trago no coração
Daria asas à imaginação
E comporia minha última aquarela

(Poeta Wallace Pacheco)

terça-feira, setembro 22, 2009

POESIARTE EM FOCO DE TONY FONSECA



A poesiarte apresenta: Tony Fonseca. Poeta, escritor, professor e apresentador do Programa Bem Vindo Ao Paraíso na Lagos TV de Cabo Frio-RJ.
*Natural do Rio de Janeiro-RJ.
*Nascido em 10 de junho de 1942.
*É autor dos livros: "O sonho de Chuvisquinho" (2000), "Chuvisquinho e a bomba atômica" (2004) , ambos obras de literatura infantil.
*Vencedor de vários concursos de poesia falada e escrita.


- Vejamos uma poesia de sua autoria:




A MALDIÇÃO DA ROSA

A rosa que lhe dei e que você deixou
Abandonada sobre a minha mesa
Envelhece, perdida na tristeza
E ao desengano e à dor se entregou

Você não pode ver sua beleza
Sua cor maravilhosa nem ligou
E o desprezo todo que você deixou
Fez a coitada ao pranto ficar presa

Mas ontem à noite, inesperadamente
No silêncio do meu quarto escuro
Ouvi a voz da rosa doce e quente:

"Isso eu sei, amigo, creia em mim, eu juro
Cada flor que se abandona no presente
É um espinho que se colhe no futuro"

(Tony Fonseca - 2007)