sábado, maio 30, 2009

ARTIGO DE RODRIGO POETA



 NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PEDRA


A guerra só traz mais ódio. Na Palestina uma pedra é uma arma na mão de uma criança e no meio deles o ódio é repleto entre a dor da perda e da fome de identidade no mundo. O olhar é profundo, mas triste perante a ganância a um solo que dizem ser sagrado.
Chamas mostram o poder e o olhar no meio disso tudo que se torna vazio, triste no meio do caminho.
A esperança é ódio. O orgulho é a destruição. Este é o homem feito em imagem e semelhança a Deus? Quem é essa Pedra? Quem é esse Caminho? Qual é o Meio?
As respostas estão dentro de nós ao olhar o terror que cerca tanto aqui no Brasil como no Oriente Médio e em outras partes do Mundo Capital.
O Deus é o mesmo, mas as atitudes são diferentes...
A certeza é uma só...a pedra, o caminho e o meio estão dentro de nós!
O caos não tem volta, mas enquanto uma vela permanecer acesa, esta luz ainda nos trará a bonança...
O olhar triste continua entre as chamas do Inferno criado por nós, diante dos versos imortais de Drummond: "No meio do caminho tinha uma pedra".



*Rodrigo Octavio Pereira de Andrade.
-Membro da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.
30/05/09

quinta-feira, maio 21, 2009

ENTREVISTA COM ROBERTA GONÇALVES




A poesiarte apresenta: Roberta Gonçalves. Professora e lutadora de kickboxing.

- Vejamos uma entrevista feita com Roberta Gonçalves por Rodrigo Poeta:








*Nome: Roberta Gonçalves.
*Cidade de origem: Cabo Frio-RJ.
*Data de nascimento: 21/08/1973.
*Cidade que representa: Cabo Frio-RJ.

1-Como começou sua carreira nas artes marciais?
Roberta: Sempre gostei muito de esportes, pratiquei vários,mas meu primeiro contato com as artes marciais foi com a capoeira. Com 13 anos, pratiquei por muitos anos, mas como não era um esporte de competição, não me dediquei, apenas pratiquei como um passatempo. O kickboxing, eu conheci através do meu professor de body combat Leandro Borges. Ele achou que eu tinha talento para a luta e me levou numa academia para fazer o teste, então o mestre daquela academia disse que eu levava jeito e iniciei as aulas. Com um mês eu fiz a minha primeira luta,a partir daí então me dediquei aos treinos e entrei na carreira de competidora, para dar continuidade a minha carreira tive que fazer uma escolha,foi ai então que, por vários motivos deixei a academia que havia iniciado e fui em busca de outras academias especializadas que pudessem me levar a competições internacionais.

2-Qual título que mais foi difícil e glorioso para você?
Roberta: O título mais importante para mim foi a disputa do cinturão do Campeonato Brasileiro de Artes Marciais em 2005. Foi inexplicável a minha determinação, dedicação e persistência diante das dificuldades que enfrentei para chegar lá. Fui para uma competição grande, importante, sem técnico, com outros amigos que lutaram também. Lembro-me que houve uma enorme torcida para minha adversária, faixas nas arquibancadas e até fogos soltaram na subida dela ao ringue. Era a favorita...e eu subi no ringue com um amigo que acabara de ser nocauteado,estava com o psicológico completamente abalado, portanto sem condições de me orientar no ringue,mas a minha vontade era superior e havia me preparado para aquele momento. DEUS estava no controle. Ainda no 1º round a luta foi da adversária,ela foi superior, mas ainda faltavam 2 rounds e eu sabia que a vitória era minha,não tive dúvidas. No segundo e o terceiro round foi meu,a arquibancada se calou e eu ouvi aquele homem falar em alto e bom som e me arrepio ate hoje quando lembro... “CAMPEÃ POR UNANIMIDADE... ROOBERTAAAA GONÇAAAAALVES!!!” Foi uma grande vitória, infelizmente os 3 amigos que foram comigo perderam, mas eu salvei a nossa equipe com um lindo cinturão e com a vaga para o meu 1º Mundial de Artes Marciais no Canadá.

3-Existe discriminação por ser mulher em praticar este estilo de arte marcial?
Roberta: Com certeza, sem dúvidas, infelizmente...no profissional fica inviável sustentar essa modalidade para mulher, pois os eventos são escassos e as bolsas (os prêmios) sempre menores que a dos homens. Bom, já no amador existem mais mulheres, mais eventos e tem mais apoio do Governo. Um bom exemplo é a bolsa atleta do Ministério dos Esportes. Os grandes eventos de lutas no Brasil e no Mundo não tem lutas femininas.

4-Sabe-se que no Brasil é difícil ter apoio em várias modalidades esportivas. Como você faz para participar de competições nacionais e internacionais?
Roberta: Bom, no inicio foi tudo mais difícil. Tenho livro de ouro que grandes amigas como Nica Bomfim e Luciana Santa Rosa, fizeram para mim e com ajuda de amigos e conhecidos para arrecadar fundos para ir competir, mas fui tendo reconhecimento a partir dos títulos que fui conquistando, sempre tive o apoio da Prefeitura Municipal da minha cidade. Sou muito grata por isso, também tive o apoio de algumas empresas que foi fundamental no processo de preparação e treinamento que não e nada fácil, pois eu entrei no rol dos melhores atletas do país, assim estava na carta que recebi do Ministério do Esporte e fiquei emocionada, contudo não consigo apoio suficiente para manter meus treinamentos. É uma busca constante...é uma luta fora dos ringues também. Sinto muito pela falta de reconhecimento do atleta de um modo geral e do esporte no nosso país. Fico muito feliz quando viajo para competir com a seleção, uniformizada e nos aeroportos as pessoas vem nos parabenizar, pedir até autógrafos como fizeram comigo em Miami, na Espanha fizeram um corredor na passagem dos portões para gente passar, quando eu vi aquele corredor no aeroporto de Madri disse para os amigos: - Acho que tem alguém famoso por aqui, vamos ver quem é? Fui vendo que era a gente que estava com o uniforme da seleção brasileira de artes marciais e isso chamou a atenção deles. Uma experiência única para mim. Fiz uma entrevista ano passado no mundial nos EUA, num jornal em Orlando, FL um jornal para brasileiros que moravam lá fora, foi muito bacana. E ai chego aqui,fiquei em 2º lugar no Mundial e não recebo nem parabéns Roberta! Mas o amor ao esporte fala mais alto, o amor pelo que faço e a experiência adquirida não tem preço...Então a todos eu digo: -Muito Obrigado!

5-Como é a sua rotina de treino?
Roberta: A minha rotina de treino depende do calendário de lutas que tenho a diante, em cada competição preciso manter um ritmo de treino intensivo por 2 meses pré-competição, porém o treinamento de rotina e mantido de forma regular, com treinos técnicos, treinos físicos, treinamento visual e uma busca de conhecimentos na área especifica que me ajude a estar sempre evoluindo. Procuro sempre buscar treinamentos nas melhores equipes do pais, em 2006 antes de ir para Espanha fiquei 3 meses em Curitiba treinado com uma das melhores equipes de muay thai do Brasil, estou sempre indo para o Rio de Janeiro para treinar na melhor academia de boxe do país,a Delfim,onde a seleção cubana de boxe ficou instalada para treinar no Panamericano. Sou muito bem acessorada lá e meus treinos evoluem bastante. Junto com o treinamento procuro cuidar da minha alimentação e faço uso constante de suplementos alimentares junto a uma nutricionista para ter melhorar desempenho nos treinos.

6-O que ou quem motivou você a praticar essa arte marcial?
Roberta: Como havia dito, foi meu professor de body combat Leandro Borges, quem me levou a conhecer o kickboxing, ele sempre dizia que eu levava muito jeito para luta e disse que se eu quisesse, ele me levava a uma academia que ele conhecia de artes marciais. Um dia aceitei o seu convite, e na primeira luta ele foi quem me entregou a medalha de campeã. Muito obrigado Leandro!

7-Tem algum projeto em mente para divulgar esta modalidade esportiva?
R: Sim, muitos, mas só em mente mesmo, nada no papel, até porque no momento estou em busca da minha medalha de ouro, pois já conquistei 3 de prata, este ano ela não me escapa.

8-Deixe uma mensagem para posterioridade?
Roberta: Teria muitas mensagens para deixar e muitos conselhos também, porém vou deixar apenas uma reflexão: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena” (Fernando Pessoa)


segunda-feira, maio 18, 2009

ENTREVISTA COM BRUNO BARUDI



A poesiarte apresenta: Bruno Barudi Pauwels. DJ de Foz do Iguaçu-PR.

- Vejamos uma entrevista feita com Bruno Barudi por Rodrigo Poeta:

*Cidade: de origem: Foz do Iguaçu-PR.
*Nome artístico: Bruno Barudi.
*Idade: 23 anos.
*Contato: www.myspace.com/brunobarudi





1-Como começou a sua carreira na música eletrônica?

*Bruno Barudi: Começou frequentando festa com amigos e se identificando muito com o estilo musical que tinha nas festas, assim despertando uma vontade de saber como tudo isso era produzido e feito. Comecei a pesquisar em fóruns, internet e com muito estudo, hoje graças a Deus estamos ai.

2-Qual o seu estilo?

*Bruno Barudi: Electro House, Progressive House e House.

3-Além da música eletrônica, qual outro estilo você curti?

*Bruno Barudi: Vários outros estilos, desde Rock, Pop e Lounge.

4-Qual foi o melhor evento em que você participou e se sentiu recompensado com a agitação do público?

*Bruno Barudi: GOA em Juiz de Fora-MG. Foi em março desse ano se não me engano. Foi um sentimento único que até hoje me lembro. Me "arrepia" só de lembrar da galera tanto que tem uns vídeos meus no youtube, basta procurar por BRUNO BARUDI.

5-Por que existe tanta discriminação em relação a música eletrônica?


*Bruno Barudi: É uma questão muito complicada, mas um dos motivos que assimilam muito a música eletrônica com as drogas, mas não veem que em qualquer outro tipo de evento rola drogas, assim como um show de Reggea, um sertanejo, etc. Só que sem dúvida alguma a droga é algo que está presente nos eventos, porém em qualquer outro evento isso está, pois lhe proporciona uma segurança maior. Poderia ficar aqui dizendo va´rios prós e contras a respeito de tudo isso, mas acia de tudo é uma questão muito complexa. Mas antes as pessoas precisam conhecer antes de citar qualquer discriminação sobre as festas de música eletrônica. Achoque uma entrevista muito interessante pra esclarecer tudo isso seria essa do jornalista Zuenir Ventura (um jornalista muito respeitado nacionalmente), que está no yotube segue o link: http://www.youtube.com/watch?v=inR2sTojTfQ (ASSISTAM VALE A PENA).

6-O que é preciso para ser um bom DJ?

*Bruno Barudi: Bom, acho que isso é muito estudo acima de tudo. Você deve pesquisar, correr atrás, só que ser dj não é apenas de um dia para outro pra você aprender o "Feeling" de uma pista demora muito tempo e requer muita experiência. Mas assim como qualquer outra profissão, muito estudo e prática!

7-Qual ícone da música eletrônica nacional e internacional que você mais admira?

*Bruno Barudi: Serrasqueiro, mais conhecido como Gabe. Acho que atualmente é sem dúvida alguma o melhor produtor nacional. Um dos maiores mundiais, bom internacional é o The Chemical Brothers sem dúvida.

8-Deixe uma mensagem para posterioridade?

*Bruno Barudi: Bom quem quiser produzir aí!

sexta-feira, maio 01, 2009

DESTAQUE POESIARTE DE ABRIL


A poesiarte apresenta: Diná Fernandes. Poeta de Cabedelo-PB. Diná foi a poeta destaque do mês de abril da COMUNIDADE POESIARTE.

-Vejamos uma poesia de sua autoria:


Aos poetas

Poeta é um ser que em versos lapida
Suas moções e fala todas as línguas
Aproxima amores dá brilho à vida
Derrama nos versos as suas mágoas

No pensamento as fantasias
Tecem imagens, criam personagens
Para uns os versos levam alegrias
Para outros, apenas miragens

Não importa! segue rabiscando
Histórias de vidas sofridas
Do tempo em que esteve amando
E das noites mal dormidas

Na solidão, um trago, um cigarro
Dedos nervosos, caneta em punho
Magia e sentimento bizarro
Parindo versos como testemunho


(Diná Fernandes
)